domingo, 4 de agosto de 2013

sei lá, sobre sonho da última noite

Sonhar com a própria morte. Ou sonhar que se está prestes a. Ouso dizer que foi um dos meus sonhos mais reais e mais angustiantes. Foi um sonho longo. E engraçado que, teve momentos que eu tinha um leve vislumbre de que era sonho, de que eu estava ali presa naquela "realidade" que não era a minha realidade. Era algo além, um pensamento, talvez. Um sonho. Meu inconsciente me dizendo que ia ficar tudo bem, era só uma experiência? Por que isso tem um significado enorme pra mim, a morte? Como me senti? Tinha momentos de eu achar graça; de não ter "caído a ficha" de que eu ia morrer. Resumindo: eu descobria com minha mãe que uma médica, amiga da gente (que só existiu no sonho, tanto a pessoa quanto a personagem), ia morrer por ter acidentalmente injetado 100 mg de gordura no seu corpo, coisa que, segundo a médica, levava à morte por causa de vários processos metabólicos loucos (ela explicou no sonho). Num momento seguinte, era eu que, de alguma forma, tinha injetado tal coisa em mim. E me desesperei. Todos ao meu redor (só lembro da minha mãe, mas havia mais gente). E, milagrosamente, a gente descobria que a médica havia se salvado, havia feito algum procedimento que evitou sua morte. Então eu ligava pra ela desesperada (já sentindo uma dor no peito, no coração. E engraçado que no sonho, pra mim, era psicológica aquela dor. Porque eu ia morrer, logo, deveria sentir alguma coisa? No fundo, eu não acreditava que ia morrer. Mas a possibilidade me dava um misto de desespero e excitação sem precedentes) pra saber como ela havia se safado. Ela me explicou algumas coisas que eu deveria fazer, não comer gordura (?) nas próximas horas etc.... Enfim. Pude, acho, vivenciar como seria morrer. Saber que se vai morrer. Acho que no fundo, essa é uma das coisas que mais me desesperam. Ter que lidar com a morte antes dela acontecer. Lidar de forma prática, concreta. Eu quero morrer de supetão, não quero ter conhecimento disso. Já que tem que acontecer... Que seja num impulso. Assim como levo a vida. Não gosto muito de antecedências. Detesto, aliás. Sempre me dão uma inquietação, uma ansiedade nada legais. Já agir por compulsão leva a uma quantidade mínima, quiçá zero, de estresse. E ainda tenho o bônus da excitação do momento, do estar por vir imediato. É gostoso. Depois, lido com as consequências. Uma forma nada saudável e madura de levar a vida. rs. Mas, afinal, que porra é a vida? Vou morrer sem saber. É uma pra cada um. Pra mim, é algo flutuante, que nunca vai se chegar a pegar, a agarrar de fato. Vivendo numa corda bamba. Não sei por que tem que ser assim. Não sei de nada, e duvido de verdade que alguém saiba. A diferença é que a maioria das pessoas fingem muito bem, eu não. Na verdade, sou uma pilantra, uma cafajeste comigo mesma (EU SEI que não quero trabalhar, não quero ter essa vida rotineira. Só que eu não vejo uma forma de sair disso). E eu também finjo. Mas eu finjo só pros outros. Que tudo isso importa. Ter um trabalho, pagar contas, criar coisas, sei lá. Não vejo mesmo o porquê desse desprendimento de força, de ação. Nem sei mais o que tô escrevendo, haha. Como eu queria escrever até meus dedos caírem, esse monte de merda que ninguém se importa, que seja. E tenho certeza que eu fadigaria de verdade antes de terminar tudo que tenho pra escrever. Então, melhor parar por aqui...

OBS.: não é a primeira vez que sonho com esse tema. Mas dessa vez foi muito forte e nítido... Junto com água e banheiros, a morte é o tema mais recorrente dos meus sonhos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Loqueris!